Testemunhos

O Emprego que Deus me deu
Quando me dei conta que Deus havia me guiado “pessoalmente”, fui invadida por um contentamento indescritível e pensei: “preciso dar esse testemunho”. É bem verdade que demorou 21 anos, mas aqui estou.

Foi no ano de 1990. Eu estava com 28 anos, com um filho de 9 anos, morava com uma irmã mais velha e estava desempregada. Nossa situação financeira era difícil, tornando-se urgente que eu me empregasse o mais rápido possível.
Orei ao Senhor com meu coração cheio de insegurança, pois olhando para mim mesma, não conseguia enxergar boas possibilidades profissionais. Eu estava com quase 30 anos; com pouquíssima experiência na área que almejava atuar; na carteira profissional, tinha somente 1 mês de registro; não possuía o colegial completo; e encarando o preconceito existente em nossa sociedade, ser mãe solteira, órfã e nordestina, provavelmente, dificultariam ainda mais. Pessimista diante de tudo isso, conclui que contava com poucas chances de um emprego razoável.
Sem esperança, lamentei-me pelo sonho que tinha “Trabalhar em um escritório”, pois ele, certamente, não seria realizado.
Tentando me conformar, pedi a Deus que me ajudasse a conseguir um emprego como balconista no Shopping e preparei-me com o coração cheio de ansiedade. Ensaiei as possíveis perguntas e as resposta das entrevistas e aguardei pela segunda-feira.
Cheguei ao Shopping Ibirapuera. O coração batia forte. Subi ao C1. Neste piso havia uma pequena recepção, onde os anúncios de emprego ficavam afixados no mural. Outras pessoas, assim como eu lá estavam, cada uma com sua caneta, agenda ou um pedaço de papel. Eu, porém, li e reli, constatando, decepcionada, que não havia nenhum anúncio para balconistas. Solicitavam vendedoras com prática, gerentes, repositores... Mas, para minha surpresa, havia um único anúncio solicitando auxiliar de escritório com datilografia. Animei-me, pois eu tinha datilografia, então, anotei o endereço e saí à procura.
Rua Juquis, 273, 3º andar, cj. 31 – apresentar-se de segunda a sexta – entrevistas até as 11:00 horas.
Procurei por esta rua até me cansar. Pedi informações e ninguém conhecia. Algumas pessoas respondiam que só conheciam a Alameda Jurupis e afirmavam que devia ser a Jurupis. Mas não era. Eu já havia me certificado. Então, bastante triste e frustrada, desisti da procura.
Decepcionada, caminhava pela Avenida Moacir em direção ao ponto de ônibus, buscando explicação para entender a perda daquela oportunidade, quando de repente, ao erguer a cabeça para atravessar a rua, eis que bem à minha frente, no alto do muro, numa placa de rua, lia-se: Rua Juquis. No mesmo momento agradeci a Deus e com o coração pulsando de alegria, corri a procura do número 273. Passava das 11:00 horas quando cheguei ao prédio e tive receio de que todo meu esforço não adiantasse. Quase sem fôlego, toquei a campainha e aguardei. A porta se abriu e assim que me apresentei, informaram-me que já havia passado do horário. Após uma breve indecisão por parte do gerente e da secretária, fui convidada a entrar. Fizeram poucas perguntas e pediram que eu retornasse na manhã do dia seguinte para uma entrevista mais completa. Assim foi feito. Falei resumidamente, com simplicidade e sinceridade sobre minha vida pessoal e profissional. Naquele dia, passei na entrevista, conseguindo o emprego que eu tanto sonhava e precisava. Graças a Deus que havia me guiado, pessoalmente, até aquele local.

Salmo 50.15 "Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei e tu me glorificarás".
(Janete Maia)

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