Premonição
(Janete Maia)
Então
Naquela manhã
Acordei vagarosamente
Com muito esforço fui abrindo meus olhos
E com dificuldade me pus de pé
Olhei o relógio: 6 horas.
Procurei por alguém, mas estava só
Percorri a casa, não havia ninguém
O frio era intenso, não tinha sol
E eu sentia saudades
Não lembrava de quem
Olhei o relógio: 6 horas...
Onde estavam os sons?
Onde estava a algazarra?
Os motores?
Os latidos?
O chilrear?
Intrigada, fui até ao portão
Vi a rua desolada
Portas e janelas fechadas
Flores murchas na calçada
Voltei à sala, preocupada
Olhei o relógio: 6 horas!
Onde estavam os sons?
Onde estavam as crianças?
Os carros?
Os cachorros?
Os pássaros?
Olhei o relógio: 6 horas?
Amedrontada, toquei o meu corpo
Mas não o senti
Olhei minhas mãos
Não as reconheci
Corri ao espelho
Mas não me vi
Vi meu filho que chorava
Então compreendi
Eu havia morrido
Olhei o relógio: 6 horas.
Naquela manhã
Acordei vagarosamente
Com muito esforço fui abrindo meus olhos
E com dificuldade me pus de pé
Olhei o relógio: 6 horas.
Procurei por alguém, mas estava só
Percorri a casa, não havia ninguém
O frio era intenso, não tinha sol
E eu sentia saudades
Não lembrava de quem
Olhei o relógio: 6 horas...
Onde estavam os sons?
Onde estava a algazarra?
Os motores?
Os latidos?
O chilrear?
Intrigada, fui até ao portão
Vi a rua desolada
Portas e janelas fechadas
Flores murchas na calçada
Voltei à sala, preocupada
Olhei o relógio: 6 horas!
Onde estavam os sons?
Onde estavam as crianças?
Os carros?
Os cachorros?
Os pássaros?
Olhei o relógio: 6 horas?
Amedrontada, toquei o meu corpo
Mas não o senti
Olhei minhas mãos
Não as reconheci
Corri ao espelho
Mas não me vi
Vi meu filho que chorava
Então compreendi
Eu havia morrido
Olhei o relógio: 6 horas.
Sal 116:15 - | Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos. |
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